Thursday, May 5, 2011

NONI

NONI: você já ouviu falar ?

Esse maravilhoso suplemento alimentar tem feito parte da dieta da minha mae ja' ha' algum tempo. Primeiro, dava-lhe na forma de xarope e em jejum, mas ultimamente, por uma questao pratica, passei a usar capsulas, e lhe dou junto com o cafe da manha.

Acredito que o NONI ajuda o proprio corpo da minha mae a "reconhecer" o cancer como corpo estranho e fortalece seu sistema imunologico.



Segue abaixo uma materia bastante interessante sobre o NONI que encontrei na internet.


POR JUREMA APRILE

• A presença de ômega 6 e óxido nítrico dilataria os vasos, melhorando a oxigenação e, conseqüentemente, a memória
• Especialistas dizem que a fruta contém betacaroteno, precursor da vitamina A, e acubina, que agrega propriedades antibióticas
• Possui escopoletina, substância antibacteriana, antifúngica e antiinflamatória, que também ajuda a dilatar os vasos sangüíneos — o que faria baixar a pressão arterial
• A fruta é rica em vitamina C

É só uma questão de tempo para as pessoas começarem a ouvir falar desse tal de noni e descobrir que não se trata de um ser de outro planeta. Com o nome científico de Morinda Citrifolia e originário dos mares do Sul, esse alimento que tem gerado uma certa curiosidade é, na verdade, uma fruta verdinha, com a aparência de fruta do conde, e que — acredite — não pode ser encontrada em feiras nem supermercados. Isso mesmo: o noni está prestes a fazer parte do grupo de coisas sobre as quais todo mundo fala, mas que ninguém vê por aí — algo como um chester vivo, ciscando no terreiro.

A fruta só existe por aqui em forma de suco engarrafado ou chá (embora atualmente esteja sendo cultivada na Amazônia peruana e, talvez, possa ser encontrada à venda em breve no Brasil). Mesmo nos Estados Unidos, o noni é vendido apenas sob forma de cápsulas, chás (feitos das folhas) ou sucos industrializados, para dezenas de milhões de consumidores.

Ao contrário de todas as frutas que são melhores quando consumidas frescas e com casca, essa não é muito palatável ao natural. “Parece fruta do conde, mas não tem nada de doce. O gosto é muito ruim e o cheiro não é dos mais convidativos”, garante o nutricionista vegetariano George Guimarães, de São Paulo, que teve oportunidade de prová-la. Quanto ao suco, este vem misturado com sucos de cranberry (ou de blueberry) e de uva, e, segundo o especialista, tem um sabor curioso.

Febre de consumo:

Apesar da dificuldade de encontrá- lo in natura, o maior mistério em relação ao noni — e que também reforça sua popularidade — tem a ver muito mais com as suas supostas propriedades terapêuticas. Seu consumo no Brasil é recente, sendo mais popular nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. De acordo com estatísticas de 2003, uma garrafa do suco era vendida a cada dois segundos (ou menos) pelo mundo afora — sem falar das cápsulas e dos chás. “O sucesso está diretamente ligado ao fascínio que o homem sente por tudo que pareça mágico, milagroso e, sem muitas explicações precisas ou de forma vaga, anuncie-se capaz de curar várias doenças”, acredita o médico Leandro Pomini, de São Paulo.

Isso não quer dizer que o noni não tenha propriedades benéficas. Significa apenas que ainda não existem provas consistentes do ponto de vista científico de que realmente cure ou previna males. Há poucos estudos isentos a respeito — e nenhum com seres humanos, apenas ratos. “Essa fruta pode até vir a ser algo maravilhoso em termos de cura, mas ainda não existem provas conclusivas, nem estudos populacionais que sirvam de base para afirmar isso hoje”, diz a nutricionista Denise Schirch, de São Paulo.

Mesmo com a falta de informações precisas — o maior fabricante do suco no Brasil não quis dar informações nutricionais sobre o produto —, não se pode condenar a fruta. “Não faz mal algum consumir o noni”, garante George Guimarães. “Só pode haver algum risco se a pessoa deixar de seguir seu tratamento por causa disso”, acrescenta. É que os derivados do noni não são remédios, mas complementos alimentares. E o FDA e a Comissão Européia, organismos que funcionam como agências reguladoras de saúde nos Estados Unidos e na Europa, concluíram que não há evidências dos benefícios desse alimento para a saúde humana.

Motivo da controvérsia O noni e seus subprodutos geram polêmica porque anunciam ter uma substância chamada proxeronina, um precursor de um aminoácido denominado xeronina — que só um pesquisador descobriu até hoje. A xeronina foi encontrada e batizada pelo médico Ralph Heinicke, nos anos 50, quando ele fazia estudos com o abacaxi. Na ocasião o cientista ficou tão convencido dos poderes curativos de sua descoberta que passou anos estudando suas propriedades.

Quase não há menções a essa substância fora dos trabalhos de Heinicke e dos produtores de suco e de cápsulas obtidos a partir do noni. Quem fizer buscas em vários bancos de dados de pesquisa dificilmente encontrará algo sobre a xeronina ou sua precursora. O professor Richard Mithen, chefe da equipe de pesquisa do Centro John Innes e do Institute of Food Research, na Grã-Bretanha, afirma que nunca ouviu nada a respeito da xeronina e também não encontrou documentos científicos descrevendoa. Mesmo assim, Mithen, que recentemente produziu com sua equipe um superbrócolis que pode ajudar a prevenir câncer, acredita que o suco de noni é boa fonte de antioxidantes.

Estas substâncias são conhecidas por suas propriedades anti-radicais li vres, capazes de auxiliar na prevenção de tumores malignos — algo que, segundo o professor, o suco de laranja também pode fazer. “Todas as frutas contêm antioxidantes”, completa o nutricionista George Guimarães.

Em sucos industrializados com o noni, pode-se encontrar ainda a mistura com sucos de cranberry e uva, estes sim com propriedades reconhecidas cientificamente — podem ajudar a abaixar o nível de colesterol no sangue, por exemplo. Em tempo: o cranberry, uma frutinha vermelha do Hemisfério Norte, é parente da groselha e, acredita-se, do nosso cupuaçu. Tem qualidades comprovadas no tratamento de cistite (infecção urinária).


CAPACIDADE ANTIOXIDANTE

Quando o corpo usa o oxigênio para queimar a energia contida nos alimentos, as células passam a produzir inimigos: os radicais livres, moléculas defeituosas que oxidam e produzem estragos nas mitocôndrias, as usinas de força das células.

Essas reações estão relacionadas a câncer, doenças cardiovasculares e en velhecimento.

As chances de neutralizar esses vilões aumentam quando auxiliadas por um alimento que contenha diferentes elementos antioxidantes, como vitaminas e outro. Portanto, para saber o poder de fogo de um alimento na proteção das células, compara-se seu potencial antioxidante com o da vitamina E (considerada o parâmetro científico, pelo alto poder antioxidante deste nutriente).

Desta forma, sabe-se que alguns alimentos são mais carregados de anti-radicais livres que outros. Segundo especialistas, a fruta e o suco de noni são ricos em antioxidantes. Mas ainda não existe um estudo nutricional científico para quantificá-los, ou seja, que compare a sua capacidade antioxidante ao poder da vitamina E (nutriente considerado parâmetro para isso). Confira o que já se comprovou em relação a outros alimentos:
• O morango tem muita vitamina C, que aumenta a resistência do organismo, evita o envelhecimento precoce das células, problemas de pele e do sistema nervoso. Seu antioxidante, a cianidrina, está sendo estudado em pesquisas que o consideram quatro vezes mais poderoso que a vitamina E. • O tomate é rico em licopeno, carotenóide da família do beta-caroteno — um antioxidante natural que ajuda no combate a alguns tipos de câncer. É quase três vezes mais potente que a vitamina E. Os maiores teores de licopeno estão nessa fruta, mas também são encontrados na melancia.




PARA MIM FUNCIONOU
“O preço é salgado, mas equivale ao do medicamento que comprava para o estômago. Eu sofria de refluxo gastro-esofágico e depois de 15 dias tomando o suco o problema começou a diminuir — já o remédio não tinha adiantado. O bem-estar aumentou, a pele melhorou bastante e meu cabelo parou de cair como vinha acontecendo de forma dramática. Já tomo o suco há três meses, de manhã em jejum. Por mim, está aprovado”.
Margarida dos Santos, empresária, 55 anos

NÃO POSSO AFIRMAR QUE FUNCIONA
“Tomei o suco todo dia de manhã, durante um mês. O sabor é suportável, tem gosto de mato, não é uma maravilha, mas não é intragável. Na ocasião, tinha acabado de completar a quimioterapia para tratar um câncer de mama. Não sentia dor muscular ou enjôo, na verdade não passei muito mal com o tratamento. Não posso afirmar que o suco de noni tenha causado melhora no meu estado de saúde. Mas conheço pessoas que estão adorando, sei de casos em que a qualidade de vida melhorou muito. Tomei direitinho, porque vi que tem vários sais minerais, achei que ia ajudar no equilíbrio nutricional. A indicação era tomar junto com a quimio, para minimizar os efeitos colaterais e ajudar o organismo a se recompor, mas eu não quis. Achei que, se a proposta do tratamento médico era jogar meu organismo lá embaixo justamente para ele não ter condições de produzir células malignas, o melhor era não misturar as estações. E deu certo.”
Rita Oliveira, 44 anos, professora

Um ano de tratamento...

Ha' cerca de quase dois meses atras, a minha mae completou 1 ano de tratamento e de luta contra o cancer.

Foi, com certeza, o ano mais dificil da minha vida. O turbilhao de emocoes foi realmente intenso, surpreendente, assustador, revelador, e, sobretudo, esclarecedor.

Hoje, o cancer da minha mae nao e' mais visivel, ele esta', como os medicos dizem, controlado. Ele perdeu a densidade de uma maneira, que ja' nao e' mais perceptivel.

Toda essa alegria se somou ao medo, a esperanca e as necessidades de rever aqueles que nem pensavamos mais que veriamos dentro de um ambiente de felicidade. Pois o cancer sempre aponta em outra direcao, nos faz medir as palavras, contar os acertos, premeditar os enganos, contar os dias e planejar prazos curtos.

Com um quadro estavel, minha mae quis voltar ao Brasil, rever aqueles que ela pensava que jamais veria outra vez - Ela chorou quando eu anunciei que havia comprado sua passagem de volta ao Rio de Janeiro.

Antes de mais nada, ponderei junto aos oncologistas que cuidavam da minha mae em Dallas, sobre essa volta ao Brasil. E eles me responderam em unica voz: "A unica razao pela qual nos tratamos o cancer, e' para que o paciente possa viver e estar bem, nesse exato momento, viver e estar bem para a sua mae, e' ir ao Brasil, visitar parentes e amigos, e e' o que ela deve fazer!"

Eu, pessoalmente, li muito mais que isso nas palavras dos medicos do Parkland Hospital. Pensei: "se ela esta' se recuperando de cancer, estagio 4, sem cura, como poderei eu priva-la de estar com quem ela mais ama?"



Tratar de um paciente de cancer em estagio avancado e' complicado, pois o paciente precisa compreender e gerenciar os proprios riscos e tomar decisoes ele mesmo. O "cuidador" nao pode, simplesmente, decidir por esta ou aquela "condicao", pois o estagio avancado do cancer pode piorar derrepente, deteriorar o paciente, e o "cuidador" tera' que viver eternamente com sua propria consciencia, tentando suportar a dor de ter negado algo importante a alguem que poderia estar morrendo! O "cuidador" pode apenas inspirar o paciente, mostrar preocupacao, amor, empenho e, no final de tudo, dar apoio a opcao do paciente.

No meu caso, eu nao poderia, simplesmente, proibir minha mae de voltar ao Brasil, onde nao haveria certezas sobre a continuacao do seu tratamento que estava funcionando!

De acordo, com os oncologistas americanos, que estavam tratando da minha mae, o tratamento qual ela estava sendo submetida nos Estados Unidos, nao e' nada de "ultima tecnologia" ou de avanco tal, que ainda nao estivesse disponivel no Brasil. Ela, seguramente, teria como continuar o tratamento sim...no Brasil. Mas os americanos nao sabem da politica e da demora do atendimento dos hospitais brasileiros (e, para falar a verdade, nem eu!). E isso era o que me assutava mais.

Mas a decisao estava tomada: voltariamos ao Brasil na semana santa de 2011. Me preparei, reuni todos os medicamentos que pude levar comigo, tanto os suplementos alimentares, quanto as receitas medicas. Mas o sistema hospitalar americano apenas fornece medicamentos para 3 meses. E assim fizemos, seguimos em direcao ao Brasil com medicamentos que durariam 3 meses. A unica excecao seria a aplicacao do Zometa que so' pode ser administratrada em hospital. E essa e' a nossa incognita atual.

Hoje a minha mae conseguiu um encaminhamento para o INCA do Rio de Janeiro, mas o medico nao garantiu que, se aceita no INCA, eles continuariam esse tratamento que funcionou ate' agora. A principio, ela tera' que ser diagnosticada outra vez ( o que ja' esperavamos!), mas eu e minha familia estamos dispostos em lutar para que a minha mae siga no mesmo tratamento que funcionou ate' agora.

Rezem por nos!